sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não é como se eu me arrependesse do presente que pedi para o natal.

"É de dor", eu digo.
Como se fosse eu, conhecedora das desilusões do coração, 
como se fosse eu, inocente.
Como se minha estupidez não fizesse acelerar o pulso e revirar o estômago.
Como se fosse tua a culpa travada na garganta. 
Como se...
Como se!
Como se fosse eu. 
Lágrimas que brotam de mim sem me pedir licença.
O conforto de meu próprio afago.

Cadê a porra do amor agora? CADÊ A PORRA DO AMOR DENTRO DE MIM?

domingo, 18 de março de 2012

Cinco dias.

É como ver água potável indo pro esgoto.
(Desperdício).
É como ter a pele fria sem nem sequer um cobertor
Ou os teus braços.
(Agonia).
É como se...
É como se... Oh meu Deus,
É como ser feliz!
Sabe?
(Dor).

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cadê a poesia?

Minha vida não rima mais.
Meus dias não cabem em estrofes.

Cabe a mim a frieza n'alma,
a sobriedade dos dias de ócio,
a brisa que bagunça os cabelos e conforta o coração.

Cabe a mim o desespero
e o choro aprisionado no meu peito.

E de repente, em mim,
tudo cabe.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Monstros existem (eu os criei)

Quinze anos e dez meses de medo
do escuro,
dos latidos dos cachorros na madrugada,
dos filmes de terror,
das velhas lendas
e dos monstros que aparecem enquanto fecho os olhos no banho.
Eu, criança amedrontada.

Água fria

Meu corpo desacostumado á surra do chuveiro gelado de manhã
treme e implora por roupas quentes.
De repente a água não é mais gelada
meu corpo é gelado também
meu corpo é a água também.
Eu fria.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Aurora

E até que acorde o primeiro pássaro a anunciar o Sol, seremos eu e você. Unidos na solidão dos meus pensamentos.
Dança silenciosa.